Noiva
Colocaste as tuas mãos sobre mim e a tua boca,
Disseste o meu nome como uma oração.
Aqui onde as árvores são plantadas junto da água
Observei os teus olhos, limpos de arrependimento,
E os lábios, fechados sobre o que o amor não pode dizer,
A minha mãe lembra a agonia do seu ventre
E os longos anos que pareciam prometer mais do que isso.
Diz: "Não me amas,
Não me queres,
Partirás."
No país para onde vou
Não verei o rosto da minha amiga
Nem o seu cabelo de relva queimada pelo sol;
Juntas não encontraremos
A terra em cujas colinas a lua nova volteia
No ar cruzado por pássaros.
O que pensei do amor?
Disse: “É beleza e tristeza”.
Pensei que isso me traria delícias perdidas e esplendor
Como um vento dos velhos tempos...
Mas aqui há apenas noite,
E o som dos salgueiros
Quando mergulham as longas folhas ovais na água.
Louise Bogan poems | Poemhunter.com
The World's Poetry Archive, 2004.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa
___
Adaptação do poema a verso livre. (NdT)