Barba Azul

Esta porta não podes abrir, e abriste;
Entra agora e vê por que ninharia 
Foste traído.... Aqui não há tesouro oculto,
Caldeirão, nem puro cristal espelhando
A Verdade almejada, ou cabeças de mulheres mortas 
Por cupidez como a tua, nem arrepios de angústia,
Mas apenas o que vês.... Olha mais uma vez 
Um quarto vazio, as teias de aranha, o desconforto.
Por ora, tudo isto guardei fora da vida 
Para mim mesma, para que ninguém
inteiramente me conheça;
E agora me profanaste ao rastejar
Esta noite até ao limiar desta sala. 
Que jamais deva contemplar o teu rosto.
Isto é agora teu. Procuro outro lugar.




RENASCENCE AND OTHER POEMS (1917)
Edna St. Vincent Millay Selected Poems
J. D. McClatchy editor | American Poets Project
The Library of America © Copyright 2003
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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