"Senhores Clamam, Paz!"

Não há Paz; tivéssemos de novo a escolha
Para reforçar os tendões com tal força que
Ninguém ouse afrontar-nos ou pedir o divórcio
Do tempo brusco, factual, e com a voz maviosa
Suavizar o passado para nos devolver os brinquedos
Desvanecidos, ainda tão queridos - devemos, é claro
Abandonar a tranquilidade sem remorso,
Aprontar para a batalha... e na paz regozijar.
Mas agora... que poder para pedinchar têm os pobres?
E, nesses valores de ferro que sozinhos
Passam em nosso tempo por moedas reais,
Cunhadas por chefes selvagens para garantir
Calar bocas, mentes, soluço abafado, gemido tragado
E riso punido - quem é tão pobre quanto nós?




MAKE BRIGHT THE ARROWS (1940)
Edna St. Vincent Millay Selected Poems
J. D. McClatchy editor | American Poets Project
The Library of America © Copyright 2003
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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