O Recanto do Poeta

Aqui onde o fim do osso não é o fim da canção

E a terra está enfeitada com imortalidade

No que era poesia

E agora está acompanhada pelo orgulho

E nacionalidade,

Aqui está uma batalha sem bravura

Mas se a língua do covarde se calou

Espadando o seu próprio pulmão vigoroso.

Oiçam se há vitória

Em escrever numa biblioteca

Agitando os livros em estandartes

Enfim, militarmente, para as linhas

Vão marchando, livres da alma.



E felizmente podem descansar agora

Além de qualquer suspeita, os incompreensíveis

Traidores em tal conversa

Como tagarelam sobre as fronteiras de seus países.

Os túmulos são ajardinados e os sussurros

Param nas sebes, ouve-se cantar

Sobre isso nas fileiras, há um silêncio

Onde o chão tem limites

E o resto é beleza.



Beleza?

A morte entende bem disso,

Leal a muitas bandeiras,

Aliada silenciosa de qualquer país,

Acossada no seu mortal coração

Com poesia imortal.




Laura Riding poems | Poemhunter.com 

The World's Poetry Archive, 2004.

Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa  

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