Uma Fábula
Há muito que este jovem já ouviu o intervalo
Das águas numa terra de mudança.
Vai ver o que os sóis podem fazer
De um solo mais bizarro e duro.
Corta o que mantém juntos seus dias
E fecha-o, como o trinco na fechadura:
O cata-vento anunciando o tempo,
O barulho de um relógio;
Buscando, penso, uma luz que espera
Ainda como uma lâmpada numa prateleira, –
Uma terra com colinas como portões rochosos
Onde nenhum mar salta sobre si mesmo.
Mas descobrirá que nada ousa
Ser duradouro, excepto onde, a sul
Dos desertos ocultos, brilhos de fogo rasgados
Sobre a beleza com a boca enferrujada, -
Onde algo terrível e outro
Olham calmamente um para o outro.
Louise Bogan poems | Poemhunter.com
The World's Poetry Archive, 2004.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa
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Adaptação do poema a verso livre. (NdT)