O Simples Verso

Os segredos da mente esplendidos reúnem-se,

Embora a mente seja tranquila.

Estar consciente interiormente

do cérebro e da beleza

É obscuro e reconhecível.

Pensamento ao olhar para o pensamento

Faz um olhar:

O que será, ambos decidem.

Um está sozinho com a mente,

O outro está com outros pensamentos desaparecidos

Para serem vistos de longe e desconhecidos.



Quando abertamente essas visões mais íntimas

Brilhem e inteiramente falem,

Cada cabeça em casa treme em desespero

De nunca estar pronta para se ver a si mesma

E vê demasiado cedo um universo.

A imensa suposição girando e girando

E as cabeças crescem sábias

Com sua própria grandeza beatificada

No cosmos, e no tamanho idiota

Dos crânios soletra a Natureza no chão,

Enquanto os ouvidos relatam de modo errado

Ecos primeiro, e as palavras antes dos sons

Pois a mente, quieta, parece em atraso.

Pelos ouvidos as palavras são copiadas em livros,

Pelas letras as mentes aprendem a auto-ignorância.

Das bocas brotam vocabulários

Para designar um conjunto de objectos estranhos

Crescidos como estrangeiros no campo fiel

De um rei, a pobreza,

De uma linha, a humildade.

Horizontes inconfessados e o orgulho

Reclamam espaços na cabeça,

A cabeça nativa vê o exterior.

A torrente de admiração que sai dos olhos

Retorna lição por lição.

A mente, encolhida pelo tempo,

Transborda cedo demais.

A visão completa é a mesma

Como quando a mundialidade iniciou

Os mundos para descrever

O excesso do homem.



Mas a porção correcta do homem rejeita

O excedente no todo.

Isso, feito em segredo primeiro,

Agora torna

Cgnoscível, o que era

Carne prévia ao pensamento,

E dá instruções de substânvia à sua inteligência

No que diz respeito à própria carne,

Como corpos sobre si mesmos até onde

A compreensão é a cabeça

E a identidade da respiração e respirar são estabelecidos

E a voz se abrindo para gritar: eu sei,

Encerra em torno de toda a declaração

Com esta evidência de imortalidade -

O silêncio total para dizer:

estou morto.



Pois a morte é toda feia, toda adorável,

Proíbe os mistérios de fazer

Ciência do esplendor, ou qualquer revelação separada

Da beleza para a mente fora do livro do corpo

Que página por página agita um mundo em fragmentos,

Não permite escrever mais

Onde estão os espaços,

Somente olhar.



O corpo enquanto Corpo está mais do que imóvel.

O resto parece nada e nada é

Se nada for necessário.

Mas se for necessário,

O pensamento indiviso de qualquer modo

Responde sozinho, pensando

Tudo em aberto e em todas as coisas.

Morta é a mente que separou cada cabeça.

Mas agora os segredos da mente se reúnem

Sem orgulho, sem dor

Para qualquer espectador.

O que ordenam por si só

Não pode ser conhecido

O modo comum dos olhos e ouvidos

Apenas profetizado

Se uma mente inatural, recusando dividir-se,

De imediato morre

Da beleza mais simples

De súbito revelada dentro,

E os lábios abrem-se de espanto

Sobre a viva boca e ensaiam

A morte, que parece um simples verso,

E, de todos os modos de saber,

Morto ou vivo, o mais fácil.




Laura Riding poems | Poemhunter.com 

The World's Poetry Archive, 2004.

Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa   

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