magnificat

 

magnificat



Et esultavit... não, Johann Sebastian, não no fraco magnificat que (doentiamente)

tecemos, uma pequena bandeira do nosso louvor. Isto não é para nós. Suscepit Israel ...

Recebeu-nos, ó, com cruel misericórdia na noite, como ladrões, como leões caídos.

A nossa exultação não é livre.

Mas presos como Prometeu à rocha,

o nosso fígado devorado pelo abutre de Deus,

vimo-lo derrubar os humildes, exaltar os poderosos

- Abraão agrilhoado à rocha, coberto de lama.

Ó Pai Abraão, o Espírito Santo, o teu louvor, a tua glória, olha! olha para a

semente do pai, os lombos ressequidos e o credo de absinto!





Harold Norse, In the Hub of Fiery Force: Collected Poems 1934-2033.

Thunder’s Mouth, 2003.

Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa

Outros poemas

Memorando

Por Minha Própria Conta

Além de um tempo belicoso, trovejando

Barba Azul

Dinosauria, Nós

O Gueto

Num Poema

Acordado, deitei-me nos braços do meu calor e ouvi

Perfeição, de certo modo, era o que buscava