Insónia

No espelho do toucador a lua
cuida de um milhão de milhas
(talvez tenha orgulho em si mesma,
mas nunca, nunca sorri)
está longe e além do sono, ou
talvez durma durante o dia.

Através do Universo vagueia,
dir-lhe-á que vá para o inferno,
e encontraria um corpo de água,
ou um espelho onde habitar.
Embrulha-o numa teia de aranha
e deita-o a um poço

para esse mundo invertido
onde esquerda é sempre direita,
onde as sombras são realmente o corpo,
onde acordados estamos a noite inteira,
onde os céus são rasos como o mar
profundo agora, e tu me amas.




Elizabeth Bishop poems | Poemhunter.com
The World's Poetry Archive, 2004.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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